terça-feira, 29 de julho de 2014

9ª Postagem: Perguntas e respostas sobre príons

Nessa postagem, aproveitaremos que já possuímos um bom embasamento sobre o tema príons e iremos responder as perguntas de alguns internautas feitas para o blog. Dessa forma, poderemos auxiliar na construção de novos conhecimentos e facilitar ainda mais o conhecimento desse assunto.

1) Já entendemos como o príon consegue proteger-se dos lisossomos de uma célula, mas como o príon consegue proteger-se dos anticorpos presentes em nosso corpo?
Como já vimos, os príons não sofrem reações com as proteases presentes nos lisossomos de uma célula e, devido à isso, os lisossomos acabam rompendo-se e liberando tais enzimas no meio intracelular, destruindo a célula. Dessa forma, o príon infectado será liberado para o meio extracelular, permitindo a contaminação de outras células. O corpo utiliza anticorpos para a proteção contra agentes invasores( no caso, os príons), tais anticorpos são proteínas produzidas pelos linfócitos B muito específicas capazes de inativar e eliminar o antígeno. Após a inativação, são produzidas células de memória para caso o antígeno reapareça posteriormente no corpo; dessa forma, poder-se-á ter uma resposta mais efetiva e rápida(resposta imune secundária).
O quadro a seguir traz um resumo completo sobre a resposta imunitária do nosso corpo
No entanto, no caso dos príons, isso muda. Pesquisas feitas por Adriano Aguzzi, professor em neuropatologia na Universidade de Zurich e no Hospital Universitário de Zurich, publicadas na revista científica Nature demonstraram que o corpo dos príons pode ser dividido em duas partes: uma área predominantemente globular que corresponde ao príon em si e uma longa "cauda". Em casos de príons saudáveis, essa cauda é importante para a manutenção funcional de células nervosas; já no caso de príons infectantes, essa cauda é utilizada para destruir os anticorpos no momento em que esses entram em contato com a parte globular. Testes foram feitos com diferentes anticorpos, no entanto o resultado foi o mesmo. Dessa forma, já sabemos agora o motivo de nosso corpo não ter defesas contra príons infectantes, assim temos uma noção de que caminho seguir para a criação de tratamentos contra doenças priônicas.

2) Existe a possibilidade de alguém nascer sem príons?
Até o momento atual não foram registrados nenhum casos de pessoas que nasceram sem o gene capaz de produzir príons em nosso corpo. Na verdade, essa realidade é quase impossível de ser imaginada, pois os príons possuem suas funções em nosso corpo. Desde a formação de memórias a longo prazo, até o controle da apoptose e da diferenciação neuronal, os príons possuem diversas funções(grande parte delas neuroprotetoras). A realidade é que as funções dos príons em nosso corpo são tão essenciais que a evolução não permitiu que somente uma proteína de 209 aminoácidos as fizessem. Ou seja, todas essas funções são desempenhadas por príons e outras substâncias em nosso corpo, funções estas que permitem estarmos vivos.

3)Mesmo com todo o conhecimento científico existente no mundo, ainda não foi possível encontrar uma maneira de evitar o poder infectante de um príon?
Atualmente, não podemos dizer isso. No entanto, existem muitas pesquisas sendo feitas que trilham por esse caminho, procurando uma forma de tratamento para doenças priônicas.
Entre essas pesquisas, existe um grupo de pesquisadores em Zurich que teve resultados satisfatórios ao testarem polímeros conjudados luminescentes(LCP) em áreas dos cérebros de ratos com príons infectantes, o resultado foi uma queda drastica nesse número de príons, bem como em sua toxicidade e infectabilidade. Isso, pois as LCP conseguem impedir a replicação do príon infectante, evitando assim que o contágio prolifere-se( importante principalmente por estarmos tratando do sistema nervoso, tanto por sua importância quanto pela facilidade de contaminação nesse sistema). No entanto, é importante lembrar que as pesquisas ainda estão em suas primeiras fases, sendo algo que demorará muito até chegar em seres humanos.

4) O Brasil possui alguma participação nas pesquisas de príons?
Felizmente, sim. Possuimos destaque internacional graças ao trabalho realizado pela farmacêutica Vilma R. Martins, do Intituto Ludwig  de Pesquisa em Câncer em São Paulo. A pesquisadora conseguiu revelar a existência de um receptor de príons na superfície de neurônios, explicando o até então desconhecido processo de internalização dos príons para as células e para os lisossomos, processo este que possibilita um príon infectante alterar um saudável. Seu trabalho já foi utilizado nesse blog como fonte de pesquisas e, atualmente, está realizando trabalhos para descobrir mais funções dos príons em nosso organismo e auxiliar a fortalecer o sistema de vigilância sentinela de doenças priônicas no Brasil.

Fonte:
http://www.sciencedaily.com/releases/2013/07/130731133117.htm
http://www.revistapesquisamedica.com.br/portal/textos.asp?codigo=11126
http://www.sciencedaily.com/releases/2012/04/120424095704.htm

terça-feira, 22 de julho de 2014

8ª Postagem: Scrapie, o primeiro vestígio de príons

   Nessa postagem, daremos ênfase à uma doença priônica que comete animais caprinos e, principalmente, ovinos. É importante ressaltar que esse foi o primeiro indício da existência de príons, até então totalmente desconhecidos, e, por isso, foram dados diversas explicações para essa enfermidade.
   O histórico do scrapie inicia-se no ano e 1954, quando uma descrição detalhada da enfermidade que acometia  gado ovino na Islândia deu origem ao termo "virose lenta", pois acreditava-se que o causador da doença era um vírus , no entanto com a característica de longo tempo de incubação. Ressalta-se a semelhança dos príons com vírus já realizadas nesse blog, dando embasamento à explicação.
   Eis que se iniciam as pesquisas relacionadas à príons através de pesquisas feitas por vários pesquisadores, entre eles Prussiner(rever a primeira postagem que detalha tais pesquisas e conta a decoberta do scrapie, pois esta ocorreu concomitantemente à dos príons, já que foi dele que inciaram-se as pesquisas). A descoberta das características físico-químicas do scrapie permitiram a descoberta da doença em casos passados(desde meados do século XVIII) que recebiam explicações diferentes na tentativa de, realmente, dar uma explicação aos casos. Perecebe-se que doenças priônicas acompanham a história da humanidade a mais tempo do que pensava-se, o que faltava era o melhor entendimento sobre elas, mesmo que ainda não completo.
   Os animais que sofrem de scrapie iniciam com alterações comportamentais e dificuldade de engolir alimentos e evolui para a descoordenação causada pela ataxia cerebelar( decomposição irregular de ajustes normalmente controlados pelo cerebelo e suas conexões, tal como a postura.). Isso, devido à degradação causada pelos príons, principalmente na região talâmica e cerebelar. Tal doença pode evoluir para duas formas: a forma pruriginosa e a forma nervosa, de acordo com a predominância de sinais sensitivos ou motores Dentre os principais sinais, temos: prurido, hiperexcitabilidade, ranger dos dentes e uma evolução para paralisia, tremores, convulsões e morte.
   A doença tem um período de incubação de 3 a 5 anos, por isso caracterizada como lenta, e causa a mortalidade em todos os casos encontrados, sem que haja uma cura.
   A transmissão dos príons infectantes ocorre a transmissão materna ou, também conhecida, transmissão vertical. Ainda nesse tipo de transmissão, ela pode ocasionar na infecção através do contato com placenta contaminada ou fluidos contaminados,sendo esta a principal forma. A via oral também é uma possibilidade de transmissão da doença, todas elas sendo necessária a entrada de um animal infectado para que possa ocorrer, já que não foram registrados casos de transmissão pela genética.
   É importante ressaltar que, mesmo que não haja transmissão genética da doença, certos alelos podem apresentar maior resistência aos sintomas do scrapie, mas não à doença em si. Dessa forma, o tempo de incubação é maior e o animal pode sobreviver por mais tempo. Tal diferença genética têm sua separação nas raças, pois somente algumas raças de ovinos apresentaram essa diferenciação genética.
   O diagnóstico ocorre através da coleta de tonsilas, tecidos linfóides da terceira pálpebra e na prega ano-retal(vale ressaltar que a atuação dos príons é maior nas áreas do sistema nervoso e sistema imunológico) para a técnica da imunoistoquímica. Porém, esse diagnóstico de detecção de príon não é totalmente confiável, somente a autópsia do tecido nervoso trará um resultado pleno, mas só pode ocorrer após a morte do animal.
   A preocupação da transmissão da doença e a falta de vacinas ou tratamentos faz com que haja morte do animal pelos seus criadores no momento em que existe suspeita da doença(assim como no Ma da Vaca Louca). A Austrália e a nova Zelândia, por exemplo, utilizam política de importação, quarentena e descartes rigorosos, sendo consideradas áreas livres. Já o Brasil apresentou seu primeiro caso em 2003 em um animal descendente de um importado dos Estados Unidos.

Fonte:
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/programa%20nacional%20dos%20herbivoros/SCRAPIE.pdf
http://www.infoescola.com/medicina-veterinaria/scrapie/
http://www.scielo.br/pdf/anp/v49n2/01.pdf
http://www.sheepembryo.com.br/files/artigos/54.pdf

sábado, 12 de julho de 2014

7ª Postagem: Um em um milhão

Um em um milhão. Essa é a probabilidade mundial de uma pessoa ter, futuramente, a doença conhecida como Creutzfeldt-Jakob. As chances são pequenas, fato a favor da população humana, mas a doença é tão severa, e por ser uma doença priônica, também é fatal, que o melhor seria uma taxa de vítimas bem menor. Concomitantemente, o que impede o aumento dessa taxa? Esses são alguns dos problemas de doenças priônicas que serão discutidos nessa postagem.
Os primeiros neurologistas a descreverem a doença foram os alemães Hans Gerhard Creutzfeldt e Alfons maria Jakob.  Ambos enfrentavam casos clínicos registrados com crises convulsivas e distúrbios de comportamento, além de espasticidades e fenômenos mioclônicos( contração involuntária de músculos). Estudos anátomo-patológicos evidenciavam lesões na camada piramidal do lobo frontal e da região central do do encéfalo, junto ao comprometimento de regiões cinzentas do tálamo, núcleo denteado do cerebelo e susbtância cinzenta da medula espinhal. As análises indicavam atrofia cerebral, com degeneração e desaparecimento de células ganglionares e discretos focos de proliferação glial com degeneração das neurofibrilas. No entanto, não fora identificado fatores etiológicos exógenos ou outras possíveis causas, rotulando os casos apenas como pseudoesclerose espástica.
A doença caracteriza sua forma de transmissão como variada. A forma exata de aquisição da DCJ ainda é desconhecida, podendo ocorrer pelos cinco mecanismos: na forma denominada esporádica, não existe uma fonte infecciosa conhecida, nem evidência da doença na história familiar do paciente. Essa forma é responsável por aproximadamente 85% dos casos de DCJ; aproximadamente 10% a 15% dos casos de DCJ são hereditários, fruto de uma mutação no gene que codifica a produção da proteína priônica; outra forma bastante rara é a iatrogênica, como conseqüência de transplantes (dura-máter, córnea) ou através do uso de instrumentos neuro-cirúrgicos ou eletrodos intracerebrais contaminados; tem sido aceito que a ingestão de carne de gado portador da doença da vaca louca seja um fator de risco para o desenvolvimento da nova variante da DCJ (vDCJ). Ela atinge uma faixa etária mais jovem do que a atingida pela DCJ, acometendo pessoas entre 16 a 48 anos de idade; o primeiro caso mundial de possível transmissão 
sangüínea da nova variante da vDCJ foi divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde da Grã-Bretanha.
Vale ressaltar que 85% como forma esporádica indica um ainda existente risco das taxas de vítimas com a doença aumentarem sem motivo aparente, fato abordado no ínicio da postagem. Dessa maneira, a preocupação com o DCJ é constante.
As manifestações clínicas dependem do mecanismo de transmssão e das características individuais, mas a doença de Creutzfeldt-Jakob costuma se caracterizar por demência rapidamente progressiva, com perda de memória, confusão mental, visão alterada, falta de coordenação motora, tremores, distúrbio na marcha, rigide na postura e contrações musculares involuntárias- as mioclonas, causadores do "riso do diabo" causado pela contração involuntária dos músculos da face que fazem a vítima sorrir sem parar. Nos estágios finais, os portadores não conseguem se mexer.
O diagnóstico depende de avaliação clinica e da realização de exames neurológicos diversos, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética do enéfalo, o eletroencefalograma, que registra a atividade elétrica cerebral e a análide do líquido encefalorraquidiano(líquor). Neste último, pode-se pesquisar uma protéina, denomidada 14-3-3, cuja presença é bastante indicativa do DCJ.
No entanto, a forma com maior chance de certeza seria uma biópsia do cérebro. Mesmo que essa seja a forma com maior garantia de descobrir-se a causa de uma doença, esse teste não é indicado no Brasil pelo príons ser uma partícula altamente infectante.
Um importante fato na DCJ é a sua nova variante. Basciamente, a DCJ é uma doença que ocorre em pessoas com idades mais avançadas, 50 ano em média. No entanto, surgiram casos de DCJ em vítimas cada vez mas juvenis, como 20 anos. Essa nova variante é adquirida através da transmissão de príons adquiridos pelo consumo de carnes bovinas de um animal acometido pelo Mal da Vaca Louca, De fato, pode-se dizer que a DCJ é uma variante do mal da Vaca Louca em seres humanos.

Para maiores informações, um vídeo foi disponibilizado nessa postagem retratando a vida de uma pessoa com DCJ em quatro etapas:




Também pode ser lido uma observação e estudo de um caso de DCJ no link a seguir: http://www.scielo.br/pdf/anp/v45n1/07.pdf

Fonte:
http://www.scielo.br/pdf/anp/v29n1/11.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Creutzfeldt-Jakob
https://www.youtube.com/watch?v=4cfcAk5J_jU
http://www.fleury.com.br/revista/dicionarios/doencas/Pages/doenca-de-creutzfeldt-jakob.aspx

segunda-feira, 7 de julho de 2014

6ª Postagem: Ao morrer, você preferia ser comido por parentes do que por vermes?

O vídeo acima serve como base para a nossa proxima postagem: a doença Kuru. Uma doença que ganhou destaque pela dificuldade em ser infectado, já que existe somente em algumas tribos na Nova Guiné, quanto por ser a primeira doença priônica descoberta a afetar humanos.
Em 1961, um jovem pesquisador e médico australiano chamado Michael Alpers iniciou uma busca com um grupo de cientistas australianos a uma doença rara que acometia nativos das altas terras a Papua Nova Guiné. Conhecida como Kuru, que significa tremer na língua dos nativos, acometia cerca de 200 por ano tendo como principais sintomas dores nas pernas, braços e cabeça, problemas de coordenação motora, dificuldade de deglutição e para caminhar. tremores e abalos musculares.
O primeiro motivo apontado pelos pesquisadores foi curioso e surgiu do desconhecimento aliado à perplexidade com aquele fenômeno, foi indicado a feitiçaria como causa.
Eis que abrimos um parêntese: Para nós da cultura Ocidental, a feitiçaria é vista como algo demoníaco. No entanto, para os povos de Papua Nova Guiné, a feitiçaria faz parte da cultura deles. Ainda hoje, acredita-se que a feitiçaria tinha um bom propósito, mas devido ao mal uso de alguns, ela foi associada à desgraças como doenças, catástrofes e mortes.
No entanto, por puro acaso, uma relação entre o kuru e o scrapie surgiu. Uma tese de que a doença neurodegenerativa que atacava os Fore( a tribo acometida pelo Kuru) pudesse ser transmitida assim como o scrapie foi feita. Após 10 anos de pesquisa, a tese foi comprovada.
Naquele momento, os Fore estavam desesperados, pois a doença estava fora de controle e os médicos parecia ser a unica alternativa. Isso, devido ao sucesso conquistado por Alpers em seu tratamento de úlceras com penicilina. Concomitantemente, o medo da doença originado pelo fato dos doentes caírem em risadas incontroláveis, fato explicado pelos Fore como a risada do demônio ao levar seus entes queridos, fez com que os pais de uma menina acometida pela doença permitissem a realização da autópsia, algo logicamente não visto com bons olhos por eles.
Mesmo com toda a dificuldade para realizar o procedimento, com a morte lenta e terrível da menina Kigea e seu pai fugindo para a selva por não aguentar mais aquela situação, o procedimento foi feita e amostras do cérebro dela foram enviadas para os Estados Unidos e células do técido nervoso foram inoculadas em chimpanzés. Estes que, após certo tempo, começaram a mostrar sinais da doença.
A descoberta mostrou que o Kuru era transmissível e, mais ainda, poderia transpor a barreira das espécies. Entretanto, a descoberta, unida com a chegada da antropóloga Shirley ao trabalho de Alpers, indicou ligação da doença com festas mortuárias.
Sim, os Fore eram praticantes do canibalismo e o faziam como demonstração final de amor aos entes queridos diante da agonia da morte. Eles acreditavam que seria desrespeitoso deixar o corpo de seus entes queridos para serem comidos por larvas ou vermes, mas que deveriam ser comidos por quem os amava.
Eis aí que temos outra descoberta, o porquê do Kuru atingir, majoritariamente, mulheres e jovens meninas. Elas eram as principais responsáveis por preparar o ritual canibalístico e saborearem o mesmo. O resultado final chegou de um depoimento de uma das nativas afirmando que o cérebro era uma das melhores partes. Assim, a morte de um familiar por Kuru resultava em seu ritual canibalístico e aumentava a incidência da doença.
Com a descoberta da causa da doença, logo foi descoberto seu agente infeccioso: os príons. No entanto, o kuru, assim como toda doença priônica, não possui tratamento ou cura. O método realizado por Alpers para diminuir a incidência da doença foi impedir que crianças participassem do ritual e, futuramente, os Fore pararam de comer os cérebros de parentes mortos.
Mas quanto à origem da doença? Relatos apontam como o Kuru sendo uma alteração da doença Creutizfledt-Jakob, em um único caos espontâneo. Para comprovar esse fato, analíses genéticas foram feitas e trouxeram uma descoberta ainda mais impressionante: a descoberta de um gene resistente ao Kuru, que impede o portador de adquirir a doença. Pesquisas provaram que, pela seleção natural, esse gene foi transmitido para parte da população.
Dessa forma, a doença foi desvendada e Alpers passou sua vida nesse projeto. No entanto, o medo das doenças priônicas ainda existe e a preocupação de novos casos de Kuru é constante, talvez um acidente genético possa fazer voltá-lo.
Em um contexto mais amplo, o Kuru pode ser associado ao Mal de Alzheimer e de Parkinson. Isso, pois todas essas doenças evolvem acumulo de proteinas, havendo uma proteína errada no corpo.
Para informações adicionais fora do campo de prions, acesse: http://fomedebioquimica.blogspot.com.br/

Fonte:
http://oaprendizverde.com.br/2013/11/24/kuru-a-doenca-dos-canibais/
http://www.conteudosaude.com.br/pt/site_extras_detalhes.asp?id_tb_extras=19149&id_parent_categorias=9237